O Brasil se destaca como um dos principais consumidores de mídia, principalmente em redes sociais e televisão. Recentes estudos da Comscore e da Kantar Ibope Media revelam que os brasileiros têm uma relação íntima com plataformas como Facebook, Instagram e YouTube, enquanto a TV tradicional mantém lugar de destaque no cenário de entretenimento.
Analisamos os números e as tendências do consumo de mídia no País, destacando as principais informações para gerar um compilado completo e ajudar você a ter insights certeiros.
As redes sociais dominam o mundo digital brasileiro
O Brasil se destaca globalmente como um dos maiores consumidores de redes sociais, uma realidade revelada em um minucioso estudo realizado pela Comscore. O levantamento revelou que as redes sociais se tornaram o epicentro da atividade online no País, elevando-o à impressionante terceira posição mundial no ranking de consumo dessas plataformas, superando nações como Estados Unidos, México e Argentina.
A pesquisa ainda apontou uma média surpreendente de 356 bilhões de minutos gastos nas redes sociais durante dezembro de 2022. Isso equivale a aproximadamente 46 horas de conexão online por usuário, um aumento de 31% desde janeiro de 2020.
Esse fascínio pelas redes sociais trouxe uma mudança profunda na forma como os brasileiros se relacionam e interagem. Plataformas como Facebook, Instagram e YouTube, que lideram o ranking de preferências, tornaram-se espaços onde amigos, familiares e conhecidos se conectam virtualmente, compartilhando momentos, opiniões e informações.
Além disso, essas redes se transformaram em fontes essenciais de entretenimento, educação e engajamento com conteúdo.
Consumo cruzado e influência digital
Um aspecto desse panorama é o fenômeno do consumo cruzado entre diferentes plataformas. Por exemplo, a sobreposição entre Instagram e TikTok em relação ao YouTube é impressionante, com 99,1% dos usuários que acessam essas redes sociais também acessando o canal de vídeos.
Além disso, os influenciadores digitais surgiram como uma força poderosa no cenário das redes sociais. Os conteúdos deles geram engajamento com 22,3 bilhões de ações vindas de seguidores em 2022. Isso ilustra a influência impactante desses criadores de conteúdo na forma como os brasileiros consomem informações, produtos e serviços.
As redes sociais mais queridas: uma janela para a vida digital dos brasileiros
De acordo com a Comscore, os três líderes indiscutíveis desse reino virtual são o YouTube, o Facebook e o Instagram. Essas redes sociais não são apenas as mais acessadas pelos brasileiros como também representam uma parte essencial da forma como vivenciamos o mundo digital.
1. YouTube
Com alcance de 96,4% entre os usuários brasileiros, o YouTube conquistou um lugar privilegiado no coração e na tela dos consumidores.
Como uma plataforma versátil que abrange desde tutoriais práticos até entretenimento diversificado, o YouTube se tornou o epicentro do consumo de conteúdo audiovisual.
2. Facebook
O Facebook, com alcance de 85,1%, mantém presença sólida. Desde a fundação, essa rede social tem evoluído para se adaptar às necessidades e às preferências em constante mudança dos brasileiros.
3. Instagram
Com alcance de 81,4%, o Instagram estabeleceu uma posição como a plataforma visual por excelência.
É uma vitrine para a vida cotidiana, onde os brasileiros compartilham momentos, estilos de vida, paixões e até mesmo aspirações.
A influência dos influenciadores: os artífices da era digital brasileira
Os influenciadores emergiram como figuras de destaque, moldando opiniões, inspirando ações e se conectando profundamente com públicos em todo o Brasil.
Com base no estudo da Comscore, fica evidente que esses criadores de conteúdo não apenas cativaram os corações dos brasileiros como também desempenham um papel importante no cenário do consumo de mídia.
A Comscore revelou que, em 2022, os influenciadores foram responsáveis por 22,3 bilhões de ações, representando 59% do engajamento total. Essa estatística mostra a relevância e a influência na forma como os brasileiros consomem e interagem com conteúdo online.
Além de promoverem o próprio conteúdo, os influenciadores atuam como pontes entre marcas e públicos-alvo. Eles são capazes de transmitir mensagens de forma natural e integrada, levando em consideração os interesses e os valores das audiências.
Ao fazer parcerias com influenciadores, as marcas podem se beneficiar do capital de confiança que esses criadores estabeleceram, alcançando públicos de maneira mais significativa do que as abordagens tradicionais de publicidade.
Contudo, os influenciadores também enfrentam o desafio de equilibrar a influência que exercem com a responsabilidade que têm sobre as audiências. Eles têm a capacidade de afetar opiniões e comportamentos, o que exige uma abordagem ética e sensata ao compartilhar informações e promover produtos e ideias.
O reinado da televisão: o poder duradouro do entretenimento tradicional
A televisão tradicional continua a reinar como uma força imponente no cenário do consumo de mídia brasileiro. Os números revelados pela Kantar Ibope Media lançam luz sobre a resiliência e o poder duradouro desse meio de entretenimento, que permanece como uma parte integral da vida cotidiana dos brasileiros.
A influência da televisão varia em diferentes regiões metropolitanas do Brasil. O tempo médio de consumo televisivo nacional é de 5 horas e 17 minutos por dia. No entanto, algumas regiões apresentam números ainda mais impressionantes, como o Rio de Janeiro, com 6 horas e 4 minutos; São Paulo, com 5 horas e 39 minutos; e Manaus, com 5 horas e 29 minutos. Essas estatísticas destacam a persistência da televisão como um meio de entretenimento popular e duradouro.
A televisão na era digital
Enquanto a era digital trouxe uma miríade de opções de entretenimento online, a televisão ainda detém posição de destaque no coração dos brasileiros.
De acordo com a Kantar Ibope Media, impressionantes 90,4% do consumo audiovisual ocorrem na televisão, conectada ou não. Essa estatística ressalta a penetração profunda da televisão em lares de todo o País, reforçando a influência e a relevância contínuas.
A análise da Kantar Ibope Media revela um retrato vívido do consumo televisivo dos brasileiros. No âmbito domiciliar, 78,7% do tempo são dedicados à televisão linear, incluindo TVs abertas e fechadas.
Esse dado ilustra a ampla variedade de conteúdo oferecido pelas emissoras tradicionais, desde noticiários e programas de entretenimento até séries e eventos esportivos.
Televisão vs. Plataformas online
Apesar do avanço das plataformas de streaming e do entretenimento online, a televisão tradicional mantém a posição dominante.
A Kantar Ibope Media revelou que apenas 21,3% do tempo de consumo domiciliar são dedicados a plataformas online. Isso ressalta a resiliência da televisão como uma escolha preferencial, mesmo em face das opções digitais amplamente disponíveis.
O desafio das notícias online
O acesso às notícias nunca foi tão fácil e rápido. No entanto, isso trouxe desafios significativos, como a proliferação de desinformação e a mudança nos hábitos de consumo.
As descobertas do Digital News Reports e da Comscore oferecem insights valiosos sobre o desafio contínuo das notícias online no Brasil.
Segundo o Digital News Reports, 79% dos entrevistados disseram que se informam online, utilizando fontes digitais como portais de notícias, aplicativos e redes sociais. Esse número destaca o papel central da internet na disseminação e no acesso às informações.
Apesar da crescente dependência da internet para obter notícias, houve queda notável no consumo de notícias via mídias sociais em relação a 2022, indo de 64% para 47%, de acordo com o Digital News Reports. A televisão também sofreu declínio, passando de 55% para 51%. Essas mudanças podem ser atribuídas a uma série de fatores, incluindo a desconfiança em relação à precisão das notícias online e a busca por fontes mais confiáveis.
Confrontando a desinformação
Em um ambiente onde a desinformação pode se espalhar rapidamente, a busca por notícias confiáveis é uma prioridade para muitos brasileiros. O Digital News Reports revelou que 20% dos entrevistados no Brasil afirmaram pagar por assinaturas de notícias online, buscando fontes de informação confiáveis e de qualidade. Essa tendência destaca a importância da credibilidade na era digital.
A proliferação de notícias falsas e desinformação é um desafio crítico enfrentado pelos consumidores de notícias online. A verificação de fatos e a conscientização são fundamentais para diferenciar informações precisas e enganosas.
Esperamos que este material ajude você a tomar decisões mais assertivas e gere insights valiosos sobre o comportamento de consumo de mídia da população brasileira.