Vamos ser honestos sobre a Inteligência Artificial?6 min read

Vamos ser honestos sobre a Inteligência Artificial?6 min read

A Inteligência Artificial é apenas um hype ou uma tecnologia que veio para ficar e mudar o jogo? Analisamos o cenário neste artigo.

Vamos ser honestos sobre a Inteligência Artificial?6 min read
Arthur Wogram 27/09/2023 às 14:00 7 mins. de leitura

O ano de 2023 foi marcado como o ano em que a Inteligência Artificial (IA) atingiu um novo patamar como tendência de mercado. E isso principalmente — mas não unicamente — por sua acessibilidade.  

O tema não é nenhuma novidade, e a discussão sobre os ganhos e os perigos por trás desse novo (e grande) passo da tecnologia já existe há muito tempo, mas era pouco explorada pela grande massa, até as portas serem abertas pelo ChatGPT.  

Uma corrida insana de mais e mais empresas desenvolvendo sua própria tecnologia de IA começou na busca de um diferencial de mercado. Conteúdos, eventos, treinamentos e tudo mais que possa ser feito para aproveitar o hype.  

O que ficou com a saturação da IA é a questão: é apenas um hype, como foi o metaverso (olha a polêmica aqui!), ou uma tecnologia que veio para ficar e mudar o jogo?  

IA: de hype à realidade  

Segundo dados da Semrush, o Brasil é o quinto colocado no ranking de países que mais acessam a ferramenta (web), contabilizando 863 milhões de acessos globalmente em janeiro deste ano. Isso já mostra como essa é uma realidade que veio para ficar.  

Embora o conceito de IA não seja novo, é importante reconhecer o papel que o ChatGPT teve para gerar o acesso a essa tecnologia. A IA era debatida em círculos restritos e especializados, a exploração da tecnologia tinha um conceito distante de cientistas, nenhum mero mortal se atrevia.  

A chegada do ChatGPT democratizou o acesso e desencadeou empresas cada vez mais agitadas para capitalizar essa nova onda de inovação. 

Setores como atendimento ao cliente, saúde, finanças, manufatura, logística e, claro, publicidade, estão usando soluções de IA para otimizar processos, agilizar a tomada de decisões e criar experiências personalizadas, muitas vezes diminuindo até o custo dessas operações.  

A facilidade de uso e a acessibilidade da IA abriram um leque de possibilidades para que empresas de todos os tamanhos e seus profissionais tenham acesso ao que antes não fazia parte de suas realidades.  

IA no marketing e publicidade: a otimização da estratégia digital   

Não demorou para as ferramentas de IA chegarem ao universo do marketing e da publicidade. A capacidade da IA de analisar dados em tempo real, identificar padrões complexos e tomar decisões automatizadas está redefinindo como as empresas se conectam com seu público-alvo, personalizam suas abordagens e maximizam o impacto de suas campanhas. 

Com a IA, ganhamos agilidade nos processos — desde a pesquisa até a criação. Encurtamos o caminho, ganhamos efetividade na busca por referências e aprendizado constante, mas não podemos de forma alguma enxergar o uso da IA como fim, mas sim como meio.   

Os avanços são significativos, mas a automação excessiva acaba com a autenticidade e conexão emocional. E é aí que mora o pulo do gato!  

A IA será racional a partir de toda informação que consome e entregará o que encontrar como a melhor resposta, mas para obter uma resposta certeira é preciso uma pergunta certeira também. Então a condução do uso da IA é fundamental, o que você faz com essa informação que realmente vai diferenciar você e o que você entrega dos demais.  

O impacto da Inteligência Artificial na produção de conteúdo  

A capacidade da IA de processar grandes volumes de dados e gerar conteúdo automatizado em escala é realmente revolucionário, o poder de criar variações de conteúdo para diferentes públicos-alvo, canais e formatos é revolucionário.  

Tarefas que consumiam muito tempo, como pesquisa de informações, análise de dados e geração de rascunhos, agora podem ser feitas em um clique, desde que as perguntas certas estejam na ponta dos dedos.  

Mas se fosse só jogar no ChatGPT e sair com um texto otimizado, personalizado e pronto para performar nos mecanismos de busca, as empresas e profissionais de criação de conteúdo estariam acabados.   

A real é que a IA não substitui o trabalho de criação, nem estratégia e revisão, apenas nos ajuda a acelerar o processo para conseguirmos ter ainda mais qualidade para esses três pontos tão importantes para um conteúdo relevante.  

É muito interessante pensar nos 3 Vs do conteúdo:  

  • velocidade; 
     
  • volume; 
     
  • variações. 

Antes da IA, a capacidade de produção por profissional era bem menor e as variações na forma de produzir conteúdo para alcançar mais e mais pessoas era limitada. Agora, conseguimos atender a essas necessidades, mas o perigo da padronização está mais iminente. 

O algoritmo do Google, em uma das suas últimas atualizações, passou a penalizar sites com conteúdos produzidos 100% por inteligência artificial.  

A chave para superar a padronização é encontrar um equilíbrio entre a automação da IA e a criatividade humana. Os profissionais de conteúdo devem usar a IA como uma ferramenta que os ajuda a gerar ideias, otimizar o conteúdo e identificar insights valiosos. Ao combinar a precisão da IA com a originalidade, podemos criar conteúdos que sejam eficientes, relevantes e autênticos ao mesmo tempo.  

O trabalho não acaba, mas muda de foco!  

No final das contas, o que penso sobre IA é…  

Não sou contra, na verdade, uso e recomendo, adoro descobrir novas funcionalidades para adaptar ao meu dia a dia.  

Não adianta rejeitar a chegada dela. É uma realidade nova, a curva de adesão já estabilizou e a tendência é que cada vez mais ferramentas surjam no mercado. Quanto mais cedo nos adaptamos, mais rápido poderemos acompanhar essas mudanças.  

Na publicidade, a IA ajudou na produção, mas o conteúdo que qualquer usuário de IA consegue fazer acaba com a originalidade e, por consequência, com o resultado que vai gerar.  

Quanto mais otimizadas essas ferramentas ficam, mais rápidos no gatilho de aprender e entender o que fazer com elas para continuar gerando resultados temos que ser.  

Por isso, volto à afirmação: a IA deve ser usada como meio, não como fim. Se este caminho for alterado, todos terão os mesmos resultados, independente de quem está operando.  

Este texto, inclusive, foi escrito com ajuda do ChatGPT, mas a minha personalidade está em cada linha do que você leu até aqui. Nada aqui representa uma padronização de informações, porque toda a condução foi feita a partir de perguntas que já estavam claras para mim, que foram geradas com estratégia.  

Tudo que puder trazer uma melhor performance, seja por facilitar, seja por maximizar uma atividade, é mais que bem-vindo.  

A eficiência é sobre fazer diferente para fazer melhor, mantendo o fator humano e a originalidade do trabalho.  

A IA veio para ficar e revolucionar as nossas vidas, tanto no âmbito profissional quanto pessoal e quem souber jogar esse jogo, sempre vai estar um passo à frente dos demais.